7º CÓDIGO PARA SE CRIAR UM PROTÓTIPO DE EMPRESA DE SUCESSO: FORMANDO UM EXÉRCITO DE CAMPEÕES

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O sucesso de uma empresa é diretamente proporcional à qualidade das pessoas que a compõem. Mesmo em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, o fator humano continua sendo a variável mais valiosa em qualquer organização. Portanto, criar um “exército de campeões” é mais do que um slogan motivacional, é uma estratégia de negócio.

Neste artigo, vamos abordar os elementos críticos de recrutamento, onboarding, treinamento, engajamento e retenção.

Recrutamento Holístico: Habilidades Técnicas, Emocionais e Comportamentais

O primeiro passo para montar um time de elite começa no processo de recrutamento. Para encontrar campeões, é fundamental olhar além das habilidades técnicas e analisar aspectos emocionais e comportamentais.

O perfil comportamental ideal deve ser definido com clareza, para assegurar que o novo colaborador esteja alinhado com a cultura e valores da empresa. Este perfil não é apenas uma lista de traços desejáveis, mas um conjunto complexo de competências sociais, emocionais e cognitivas que contribuem para o sucesso da equipe e da organização como um todo. Isso inclui habilidades como empatia, comunicação eficaz, resiliência e habilidades de solução de problemas. Há quatro categorias principais quando se fala em perfis comportamentais: o Comunicador, o Executor, o Planejador e o Analista. Dentro do contexto de mapeamento comportamental, uma ampla gama de combinações e predominâncias de níveis para esses perfis pode ser observada.

Durante o recrutamento, compreender a “linguagem do amor” do candidato pode ser uma estratégia útil. Isso ajudará na forma como você aborda a pessoa e como fornece feedbacks futuros. As “Linguagens do Amor” são um conceito amplamente conhecido, popularizado pelo autor Gary Chapman, que sugere que diferentes pessoas têm diferentes formas de expressar e receber amor e afeto. Embora o conceito tenha sido originalmente desenvolvido para entender dinâmicas de relacionamentos pessoais, ele tem aplicações úteis no ambiente de trabalho, especialmente na gestão de pessoas. As cinco linguagens do amor são: Palavras de Afirmação, Atos de Serviço, Receber Presentes, Tempo de Qualidade e Toque Físico. Compreender a linguagem do amor predominante de um colaborador pode ajudar a criar uma abordagem de gestão mais eficaz e individualizada.

Importante mencionar que, o uso de testes de personalidade pode fornecer insights sobre se o candidato se adequa ao cargo em questão e como ele poderá se integrar à equipe existente. O psiquiatra suíço Carl Jung foi um pioneiro no estudo da psicologia da personalidade e desenvolveu o conceito de tipos psicológicos, que serviu como base para muitas teorias de personalidade subsequentes, incluindo o indicador de tipo Myers-Briggs. Segundo Jung, existem quatro funções psicológicas principais que governam a forma como as pessoas experimentam o mundo: Pensamento, Sentimento, Sensação e Intuição. Cada pessoa tem uma função dominante que prevalece sobre as outras. Além disso, Jung introduziu o conceito de atitudes de Extroversão e Introversão como orientações fundamentais da energia psíquica. Em outras palavras, enquanto as funções psicológicas dizem respeito ao ‘o quê’ do comportamento (o que a pessoa prefere fazer), as atitudes de Extroversão e Introversão lidam com o ‘como’ (como a pessoa prefere fazer isso).

A importância de compreender o perfil comportamental, a linguagem do amor e a personalidade de um candidato no processo de recrutamento não pode ser subestimada. Esses elementos são fundamentais para determinar não apenas a aptidão técnica do candidato para o cargo, mas também seu alinhamento cultural e emocional com a empresa. Uma avaliação aprofundada desses fatores pode fornecer insights cruciais sobre como o candidato se integrará à equipe, responderá ao feedback e contribuirá para o ambiente de trabalho. Ao fazer isso, a empresa não apenas aumenta as chances de fazer uma contratação bem-sucedida, mas também obtém informações valiosas que podem ser usadas para gerenciar e desenvolver o colaborador de forma eficaz após a contratação. Isso contribui para uma melhor retenção de talentos, maior satisfação no trabalho e, em última análise, uma organização mais coesa e produtiva.

Onboarding: Primeiras Impressões Contam

Depois que o candidato é selecionado, o processo de onboarding começa. Esta é a oportunidade da empresa de “encantar” o novo colaborador. É fundamental apresentar o contrato de função e responsabilidade e engajar o novo membro na visão, propósito e princípios da empresa.

Treinamento: Presencial ou Virtual, Mas Sempre Eficaz

O treinamento é a próxima etapa essencial. Independentemente de ser presencial ou virtual, o material didático deve ser de alta qualidade e o treinamento deve ser estruturado para capacitar o colaborador, não apenas informá-lo.

Engajamento e Satisfação: Tornando-os Advogados da Marca

Uma vez que o colaborador esteja treinado e em ação, o foco se volta para o engajamento e a satisfação. Campeões se tornam verdadeiros advogados da marca quando estão satisfeitos e engajados.

Retenção: Feedbacks e Crescimento Contínuo

A retenção começa com feedbacks constantes, ancorados nas expectativas e responsabilidades definidas durante o onboarding. A empresa deve fazer pesquisas de clima organizacional para medir a satisfação e entender áreas de melhoria. Além disso, um plano de cargos e salários bem definidos permite que o colaborador enxergue um caminho de crescimento, aumentando assim as chances de retenção.

O conceito de “exército de campeões” não é apenas um conjunto de boas práticas de gestão de pessoas, mas uma filosofia empresarial. Empresas que conseguem formar, treinar e reter um time de alta performance não só se destacam no mercado como também se tornam lugares onde as pessoas realmente querem trabalhar.

Investir em um processo de gestão de pessoas bem estruturado é, portanto, não apenas uma questão de recursos humanos, mas uma estratégia de negócio que oferece retornos consideráveis a longo prazo. Afinal, empresas não fazem negócios com empresas. Pessoas fazem negócios com pessoas. E pessoas excepcionais fazem negócios excepcionais.