O VALOR INTRÍNSECO DO SER HUMANO: A DIFERENÇA ENTRE PESSOA E COMPORTAMENTO

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Em um mundo cada vez mais conectado, paradoxalmente nos encontramos muitas vezes à deriva em um mar de julgamentos e críticas. A facilidade com que catalogamos pessoas com base em um único ato, tweet, post ou escolha pessoal é desconcertante. Mas quando paramos para refletir profundamente sobre a complexidade humana, torna-se evidente que a verdadeira essência de uma pessoa não pode ser resumida por uma ação isolada ou mesmo uma série de comportamentos.

Neste texto, vamos mergulhar na filosofia que afirma: o valor de uma pessoa é constante, é o comportamento que pode mudar.

A primeira coisa que precisamos entender é que cada ser humano possui um valor intrínseco e inalterável. Esse valor não é medido por títulos, realizações, falhas ou qualquer outro critério que a sociedade possa usar para avaliar o mérito de uma pessoa. Ele é um dado irrefutável da nossa existência.

Para entender isso, podemos recorrer a diversas fontes, desde a ética e a moral de diversas filosofias e religiões até conceitos modernos de psicologia e desenvolvimento pessoal. A Programação Neurolinguística (PNL), por exemplo, propõe que o mapa não é o território. Em outras palavras, a maneira como percebemos algo (ou alguém) não é a realidade completa.

Com frequência, confundimos comportamento com identidade. Se alguém age de forma irracional em um momento de estresse, podemos ser rápidos em julgá-lo como uma “pessoa irracional”. No entanto, esse é apenas um comportamento, um fragmento no tempo que não encapsula o ser humano completo por trás da ação.

Quando usamos a comunicação assertiva e o feedback eficaz, somos capazes de abordar comportamentos específicos sem atacar a pessoa. Isso não apenas melhora o relacionamento, mas também oferece uma oportunidade genuína de crescimento e aprendizado para ambas as partes envolvidas.

Ao nos depararmos com uma ação ou escolha que contrarie nossos valores ou crenças, é fundamental lembrar que devemos julgar a ação, não a pessoa. Isso não significa que devemos ignorar comportamentos tóxicos ou antiéticos, pelo contrário, devemos abordá-los, mas sempre com o entendimento de que um ato não define a totalidade de um ser humano.

A distinção entre pessoa e comportamento é mais do que uma sutileza filosófica, é uma ferramenta prática que pode melhorar nossa comunicação, nossos relacionamentos e nossa própria percepção de autovalor.

Ao reconhecer o valor inalterável em nós mesmos e nos outros, tornamos o mundo um lugar mais compreensivo e empático, onde o crescimento e o aprendizado mútuos podem florescer. Afinal, quando mudamos nossa percepção, mudamos nossa realidade. Lembre-se sempre: você não é seus comportamentos. Você é muito mais complexo, valioso e digno de amor e respeito do que qualquer ato isolado possa sugerir. E o mesmo vale para cada ser humano com o qual você cruzar em sua jornada pela vida.